WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está avaliando opções militares em resposta à Líbia. Em declarações feitas após conversar com a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, Obama afirmou que os dois países concordaram que a violência do governo líbio contra a população é inaceitável.
- Quero enviar uma mensagem bem clara aos que rodeiam o coronel Kadafi. Cabe a eles decidir como agir. E serão responsabilizados por qualquer violência que ocorra – disse Obama.
Aviões militares líbios lançaram inúmeros ataques contra forças oposicionistas nesta segunda-feira, no segundo dia de uma dura ofensiva governamental para impedir o avanço dos rebeldes à capital do país, bastião de Kadafi.
O presidente americano afirmou ainda que autorizou a liberação de US$ 15 milhões em ajuda às organizações internacionais e não-governamentais que assistem e retiram as pessoas que tentam fugir da violência na Líbia.
Mais cedo, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, enfatizara que armar os rebeldes é uma das muitas opções que os EUA consideram para a Líbia. Mas ressaltou que o país não quer se colocar à frente dos eventos.
- A opção de dar assistência militar é uma das que estão na mesa, porque nenhuma opção foi removida da mesa – disse Carney.
Mais de 200 mil pessoas escaparam do país, em sua maioria trabalhadores estrangeiros, criando uma crise humanitária na fronteira com a Tunísia, outro país do Norte da África que recentemente foi cenário de protestos de rua que causaram a queda do presidente.
Centenas de pessoas já morreram desde o início dos protestos na Líbia, embora as duras restrições ao trabalho da imprensa tornem impossível estabelecer uma cifra precisa.
Os EUA e a ONU impuseram sanções ao regime de Kadafi e as forças militares americanas se posicionaram na costa líbia para respaldar a demanda pela renúncia do ditador líbio.
FONTE: Reuters